Fotos: Luise Bresolin
“Capturei imagens das modelos no camarim de uma maneira em que elas estivessem despreparadas, como se eu fosse uma intrusa, bisbilhotando pelos cantos. Dei um ar lúdico às fotos, utilizando efeitos que causam distorção através das combinações de obturador e diafragma da câmera digital. O ISO relativamente alto deu um aspecto granulado às fotos, lembrando do efeito dos filmes na captura analógica”, explica. O trabalho de lapidação se deu com uma base de 180 das quais foram destacas as que estão neste trabalho. “São as que mais se enquadravam com a ideia inicial e que melhor representam os diferentes momentos do evento”, diz a fotógrafa. Luise apostou no preto e branco e no equilíbrio de tons que impossibilitassem à roupa se sobressair às curvas das modelos e, dos instantes capturados.
Desta forma, este trabalho é mais do que um registro, é também um relato. Ele fala de muitas formas: as imagens são não apenas momentos estanques, mas sensações. Cumprem assim, com louvor, os requisitos para serem chamadas de arte. Ele também não cabe todo nestas fotografias, mas se alarga em uma crônica linda sobre como ela viu, sentiu e registrou os bastidores.
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