terça-feira, 4 de maio de 2010

13 Mitos e verdades sobre os cabelos

Caspa favorece a queda dos cabelos? Usar boné provoca calvície? Pode dormir com os fios molhados? Dúvidas sobre cuidados com as madeixas são muitas, mas aproveite os esclarecimentos fornecidos pelo dermatologista especialista em cabelos e transplante capilar Dr. Arthur Tykocinski, graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, diretor do Tykocinski Medical Group e, recentemente, apresentou estudos no 17th Annual Scientific Meeting, evento que aconteceu em Amsterdã e reuniu os principais especialistas em transplante capilar do mundo.
Com base em informações científicas e pesquisas, Dr. Arthur respondeu a 13 questões abordando os principais mitos e verdades sobre os cuidados com os cabelos. Confira abaixo as respostas e trate melhor dos seus fios.
1. Lavar os cabelos todos os dias aumenta a queda.
MITO. Na verdade, a lavagem apenas ajuda a soltar os fios que já estão em fase de queda e que vão cair de qualquer forma. Vale lembrar que existem fases em que o cabelo cai mais e em outras menos, que integram o processo natural de renovação capilar.
2. Cortar regularmente evita queda.
MITO. O cabelo curto modifica o visual, mas não influi na queda. Os fios são um pouco mais grossos na base, perto da raiz, do que na ponta, o que pode deixar o cabelo mais volumoso, temporariamente, depois do corte. Se a pessoa está preocupada com o processo de queda, deve procurar um dermatologista para diagnóstico e, se necessário, definir um tratamento.
3. Alguns esportes (exceto os aquáticos) danificam os cabelos.
MITO. Atividades esportivas só trazem benefícios. Atletas com tendência à calvície ficarão calvos, independentemente do esporte ou atividade física. Os esportes aquáticos podem ressecar os cabelos, por isso são pessoas que devem utilizar mais intensamente os processos de hidratação e revitalização dos fios, para mantê-los saudáveis e brilhantes.
4. A caspa favorece a queda.
VERDADE. A dermatite seborreica, popularmente conhecida como caspa, caracteriza-se por uma oleosidade excessiva no couro cabeludo (seborréia), seguida por inflamação e depois descamação. A inflamação (irritação) produz uma vermelhidão e atinge as camadas superficiais do couro cabeludo. Já a descamação pode variar de finas escamas (lembrando polvilho) à intensa, formando crostas, muitas vezes aderidas e que ao serem removidas deixam o couro cabeludo ferido. Esse processo inflamatório mesmo sendo superficial pode acabar atingindo as células tronco do cabelo (bulge) que também se localizam superficialmente, próximas as glândulas sebáceas do couro cabeludo. Nesse caso, em pacientes com estágios iniciais de alopécia androgenética, pode acelerar a perda capilar, quando não tratada adequadamente.
5. A água do mar é boa para os cabelos oleosos.
VERDADE. Sendo na medida certa, tanto a água do mar como o sol, ajudam a diminuir a oleosidade, mas não interferem na queda.
6. Se o fio branco for arrancando, o outro nascerá com a cor natural.
MITO. O cabelo fica branco quando as células próximas das raízes não conseguem fabricar o pigmento melanina, que dá cor aos fios. Em geral, a presença de cabelos brancos é uma condição geneticamente determinada.
7. O cabelo cresce mais rápido no verão.
VERDADE. O sol estimula alguns hormônios, como a prolactina e a melatonina. Dessa forma, o bulbo capilar "trabalha" mais, o que acelera o crescimento dos fios.
8. O excesso de testosterona, hormônio masculino, tem relação com a perda de cabelo.
MITO. A perda de cabelo não é desencadeada pelo aumento na produção de hormônios masculinos. Na verdade, o aumento da enzima 5 alfa-redutase, determinada geneticamente, é que favorece à queda. Essa enzima não está ligada à virilidade.
9. Cortar o cabelo na lua cheia acelera o crescimento.
MITO. As fases da lua não estimulam o crescimento capilar. Na verdade, o cabelo é uma pilha de queratina. Tudo o que acontece com ele está na parte interior do couro cabeludo, há três ou quatro milímetros de profundidade. Nosso cabelo nada mais é do que células mortas impregnadas de queratina. Portando, não há uma conexão entre o crescimento dos cabelos com as fases da lua.
10. O estresse estimula a queda capilar.
VERDADE. Assim como todo o organismo, o cabelo também sofre com o estresse. Cada pessoa sente e expressa os efeitos do estresse em áreas diferentes do organismo. O estresse contínuo desencadeia o processo de envelhecimento do organismo. Porém, normalmente, a perda de cabelo por conta do estresse não é definitiva e ele voltará a crescer normalmente.
11. O cabelo cresce mais durante a gravidez.
VERDADE. Estimulado pelos hormônios, o cabelo cresce mais durante a gravidez. Após o parto, a mulher geralmente perde os cabelos que ficaram retidos. O feto consome muito nutriente e se a mulher não faz um acompanhamento ou não tem uma alimentação saudável, ela poderá apresentar uma deficiência de ferro e, conseqüentemente, sérios problemas de queda de cabelo. Além disso, se a mulher volta a praticar esportes com muito vigor, os músculos competirão pelo ferro com o cabelo, o que também poderá influenciar na perda de cabelo.
12. Dormir com o cabelo molhado facilita a queda de cabelo.
VERDADE. A umidade dos fios facilita a proliferação de fungos e conseqüentemente, a queda de cabelos.
13. Usar bonés e prender o cabelo pode agravar a queda.
EM TERMOS. Se usado com o cabelo úmido pode aumentar a proliferação de fungos, com a dermatite seborreica e finalmente agravar a queda. Usado com parcimônia, sem estar apertado e cabelos secos, não há problema.

Perfil
Dr. Arthur Tykocinski / CRM-SP 66385 (dermatologista) - É médico dermatologista e cirurgião, graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É especialista em transplante folicular. Em 1996, introduziu na América Latina, o Transplante Folicular Total; no final de 2003 iniciou a utilização da técnica folicular coronal sendo um dos pioneiros mundiais, ao lado do autor da técnica, Dr. Jerry Wong. Segura e praticamente indolor, a técnica possibilita rápida recuperação e a volta às atividades sem a utilização de bandagens ou curativos. É participante da Sociedade Brasileira de Restauração Capilar, Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, daEuropean Society of Hair Restoration, da American Society of Hair Restoration, da International Society of Cosmetic Surgery, da International Society Of Hair Restoration Surgery ISHRS, da American Academy of Dermatology e da Sociedad Latino-Americana del Pelo.

Nenhum comentário: