Foto: Divulgação
A IntimaSul 2011 – que acontece nos dias 17, 18 e 19 de julho, no Ginásio Scalabrini, em Guaporé – já está com preparativos adiantados. Além do caráter comercial, que deve permitir aos cerca de 25 expositores o fechamento de negócios, neste ano o evento aparece com uma proposta de lançar moda. A sentença é do designer do evento, Gustavo Werner, responsável pela produção de moda da IntimaSul.
Para tornar mais “fashion” o evento, Werner promete um desfile diferenciado e mais criativo, com um novo conceito na escolha das modelos participantes. “Nessa edição estamos trabalhando o styling com uma equipe que vem toda de Porto Alegre, então queremos chegar ao resultado que o público assista os desfiles e se surpreenda com o nível de profissionalismo”, destaca o designer.
Werner aponta que, mundialmente, grandes marcas têm buscado inspiração no passado, buscando referências em outras décadas para compor suas coleções. Na IntimaSul, essa tendência vintage, aliada ao romântico, também estará em evidência na feira. “Aparecem muitos materiais como seda e acetinados na lingerie, mas ao mesmo tempo aparecem toques do algodão, broderis e brocados, mas todos com toque suave”, revela.
As cores levam em conta essa suavidade e ganham tons pastéis, “que vêm das cores de flores e jardins”, conforme Werner. Ele lembra que o apelo sexy nunca vai deixar de existir, mas que a natureza e o romantismo dão a tônica das novas coleções. Para colocar na passarela essas propostas, os desfiles diários da IntimaSul contarão com modelos da agência Internacional Joy Model Management.
A evolução têxtil
Antigamente a lingerie para ser usada no dia-a-dia era branca, bege ou preta. Hoje, quando uma mulher vai a uma loja comprar calcinhase sutiã ela tem a sua disposição uma infinidade de modelos para todos os estilos e prioridades. Essa possibilidade é fruto da evolução do segmento têxtil que se aprimorou para acompanhar o setor de moda íntima.
Toda essa grande variedade de estampas, novos tecidos e coleções poderão ser conferidos na quarta edição da Intimasul. “A lingerie está exposta. É uma peça sensual incorporada ao cotidiano das nossas consumidoras”, diz a empresária Neura Trevisol Gomes, diretora da Intimasul. Apostando nisso, foram sendo adicionadas às coleções componentes mais sensuais como espartilho, corpete, corselete, cinta-liga e o fio dental. Cores intensas, fitas, guipirs, rendas e até aplicações em pedrarias completam o visual da lingerie moderna. “É um produto sempre em alta. Nossas consumidoras mudaram. Hoje, quem aposta na compra de um lingerie para a sua parceira não erra. E dificilmente se arrepende”, afirma a empresária.
Lingeries para valorizar o corpo
Calcinha, sutiã, bodies e espartilhos podem ser grandes aliados na hora de modelar o corpo, dando uma disfarçada naquelas gordurinhas indesejadas. Por baixo da roupa, os lingeries fazem milagres. Há uma infinidade de corpetes, sutiãs e outros modelos que podem até ser usados como alternativas para disfarçar alguns defeitinhos que a maioria das mulheres não suporta.
Segundo o IBGE, quase metade da população está acima do peso.Dentre as mulheres acima de 20 anos, 48% estão com sobrepeso. Mas estar com uns quilos a mais não precisa e nem deve ser sinônimo de desleixo ou de falta de amor próprio.
Além de mais bonitas e em sintonia com o mercado, as lingeries também estão sendo produzidas para atender a todos os biotipos de consumidores. É o caso das linhas plus size. A empresa Vislumbre Moda Íntima, por exemplo, apostou na segmentação e hoje mede o sucesso de seus produtos pelo crescimento da demanda.
Há 10 anos, a proprietária Rejane Dallagnol e a sócia Cassiana Dallagnol decidiram produzir em tamanhos maiores a linha tradicional. Começaram com 10 modelos e atualmente são mais de 70 modelos fabricados até o tamanho 54, incluindo artigos bastante sensuais como cinta-ligas, fios dental e espartilhos.
“De um modo geral, todas as fábricas precisaram se adaptar para produzir os tamanhos maiores, pois as mulheres exercem a sensualidade em tamanhos diferentes. Ninguém mais quer se esconder”, comenta Rejane. “É muito difícil sobrarem os tamanhos maiores. Temos tido dificuldade em acompanhar o crescimento deste mercado”, atesta Neura Trevisol. De olho na pujança do setor, ela lançou uma nova linha de lingeries funcionais com 150 modelos e 26 tamanhos.
Batizada de Essencial Modell Corpus inaugurou no mercado o segmento de malhas de alta compressão em diferentes cores, estampas e modelos. “Atendemos tanto o mercado estético quanto o cirúrgico. São peças que resgatam a auto-estima da mulher e ainda lhe trazem benefícios imediatos como a redução de medidas que pode chegar a até dois manequins”. A estréia também foi marcada pela abertura da primeira loja da nova marca, em Porto Alegre.
Sutiãs e bojos diferenciados
Outra tendência no setor é a confecção de peças para atender às especificidades da clientela. Passaram a ser incluídos nos sutiãs, por exemplo, adaptadores de tamanho para o ajuste nas costas. Assim, uma mulher com as costas mais largas e seios menores tem a possibilidade de usufruir da peça com a mesma comodidade de quem usa tamanho P e precisa de modelo com circunferência menor.
“Temos percebido um aumento muito grande na procura destes produtos. As pessoas querem um sutiã mais bonito e que se adapte ao seu corpo”, conta Elimara, apontando para a este novo momento nas empresas.
Os bojos também são uma revolução a parte. Se antes a solução eram aquelas arames em forma de meia lua que formavam a taça agora os bojos são tão bem acabados que poderiam até, dispensar o tecido. Em diferentes formatos e modelos produzem efeitos antes só conseguidos através de cirurgia plástica. Dos tradicionais casquinhas, que apenas imitam o formato do seio dando firmeza e sustentação ao sutiã, aos ultra-modernos com bolhas internas em diferentes tamanhos e formatos que são capazes de transformar instantaneamente os seios da cliente.
Peças íntimas para Eles
Na onda de revolução das roupas de baixo, os homens também têm exigido peças mais bem elaboradas. Com cores mais modernas e texturas diferenciadas, vão se acostumado às estampas, além dos novos cortes que vieram para ficar como o boxer.
Foi este nicho que atraiu Nelcídia Fontanive, proprietária da Novitá Moda Íntima Além da linha feminina, produz cuecas e pijamas. Na linha casual, as peças são confeccionadas principalmente em coton e algodão. “A intenção é que sejam duráveis e que promovam conforto”, assinala.
A empresária garante que apesar de focar peças para uso diário, a atenção aos detalhes, como as cores e estampas da estação, é sempre perseguida nas novas coleções. Essa possibilidade, lembra ela, é fruto da evolução do segmento têxtil que se aprimorou para acompanhar o setor de moda íntima. “Há uma variedade grande de tecidos, diferentemente de há 10 anos. Todo este novo cenário trouxe, além de estampas, novos tecidos, linhas e equipamentos”.