segunda-feira, 23 de junho de 2008

Tecnologia e natureza em harmonia


O foco na natureza não é nenhuma novidade nessa temporada, assim como em tantas outras. Minimalismo, cores sóbrias, volumes, transparências, dimensões matemáticas, folk, anos 60 e 70 se misturam para mostrar um verão diferente, porém bebendo de uma fonte já existente.
Nos desfiles da sexta-feira, Ronaldo Fraga voltou à temática da água, já vista na Ellus, mas de outro ponto de vista, com seu desfile protesto em relação à transposição das águas do rio São Francisco. As texturas, cores e estampas fizeram uma ciranda desde a nascente do rio, passando pelo seu percurso e as vidas que dele fazem parte até chegar à morte do mesmo. Além da maestria como foi apresentado o tema e da beleza das peças, a apresentação foi uma verdadeira aula geopolítica.
Jefferson Kulig trouxe tecidos tecnológicos cortados à laser, também lembrando o trabalho de Nakao, e mostrou uma tecnologia a serviço do bem estar em seus chapéus com proteção solar.
Amapô contou com a ajuda da matemática para construir suas formas geométricas e ao enfileirar seus modelos no final, lembrou o efeito de lápis de cor juntos na caixa, bastante lúdico.
Fraques apareceram como ponto alto de Miguel Vieira, que mostrou uma coleção comercial muito bonita e com o dourado muito forte tanto para homens quanto mulheres. A Rosa Chá masculina também ficou no comercial, sem muitas inovações, apostando na beleza e sensualidade dos corpos.
André Lima mostrou formas oitentistas e com detalhes variados na construção das silhuetas, sempre valorizando o corpo feminino, e Wilson Ranieri manteve suas mulheres impecáveis em vestidos minimalistas elegantes.

Foto: Eládio Machado

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