O talento e a sensibilidade de Lino Villaventura não têm limite! Verdadeiro artista, supera as expectativas a cada coleção e brinda os espectadores com criações mágicas e sempre muito bem arquitetadas. Dessa vez, abusando de cores e geometrias, foi a fundo no imaginário infantil e me trouxe recordações de bonecos, mundos abstratos e Castelo Rá Tim Bum, dentre outras ficções agradáveis de um tempo que não volta mais.
Buscando se apropriar do mundo feminino, a Reserva partiu do conceito Dândi para fazer do homem moderno um ser mais delicado e elegante, capaz de entender e desfrutar das pequenas coisas da mesma forma como as mulheres o fazem.
E a infância, agora na forma da inocência, apareceu em peças delicadas e confortáveis apresentadas pela Vide Bula, em tons pastéis e muitas flores, numa referência setentista bastante explorada nas temporadas de verão.
Carlota Joaquina apostou no brilho molhado, nas peças curtas e em volumes interessantes que dão elegância às roupas.
As bailarinas de caixinhas foram lembradas por Priscilla Darolt, com saias estruturadas que misturam o visual colegial aos tu-tus das bailarinas, além de detalhes como golas, pregas, dobras e babados, conferindo o visual boneca às mulheres.
E para pontuar o tema dessa edição, Erika Ikezili homenageou suas raízes nipônicas com a releitura de estampas e quimonos, lembrando o passado e o presente de uma cultura riquíssima em elementos como é o Japão.
Fotos: Charles Naseh
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