sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Balneário chic?


Passei meses pensando em como a praia ficaria bonita com vestidões e muito folk, biquínis majestosos e roupas que vão bem das areias para a balada. Mas confesso que fica tudo aqui, fervilhando na minha mente, mas nada disso é real. Ao menos não em todos os balneários. A triste realidade é que as pessoas não ligam a mínima para a aparência e o bom senso (e a desculpa de pouco dinheiro não cabe aqui). Se estou me sentindo acima do peso é porque tenho um pingo de auto-estima, o que parece anos-luz daqueles que dividem as areias comigo. Pessoas obesas, mal vestidas, com cabelos pintados de um tom amarelo-parede com raiz preta ou até branca, pele cor de camarão com a casca caindo, enfim, toda a sorte de desleixo que pode ser possível. Biquínis bonitos? Uma mísera quantidade de pessoas da praia ao lado que se cuida ainda usa. Roupas bonitas ou que ao menos combinem com o tipo físico? Mais raro ainda. Nestas horas fico pensando que devo ser uma criatura azeda por fazer tanta crítica, mas não é possível que tanta jequice se encontre e compactue de tal forma ano após ano.  Ao menos em Porto Alegre isso não é tão descarado, as pessoas têm um pouco mais de bom senso (E olha que sempre me vesti da forma mais básica e despojada possível, ou seja, se estou reclamando é porque isso está pior que a minha figura).
Queria fazer uma tour pelo litoral nacional para poder quantificar os lugares que realmente refletem aquele "way of life" que vendemos na nossa moda praia, repleto de beleza e sensualidade, bem distante do que vejo pelas terras daqui. E mais uma vez repito que não tem a ver com marcas caras, mas com um pouco de gosto e apreço pela própria figura. Ufa, desabafei. Agora resta-me curtir uma chuvinha e esperar pelo sol para poder ao menos aproveitar o tempo quente nestas areias tão folcloricamente povoadas.

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