sábado, 24 de janeiro de 2009

Antes do acender das luzes







Não sou nem nunca fui fã de Guerra nas Estrelas (que os seguidores nunca leiam isso!!!), mas de forma singela creio ter vislumbrado algo nitidamente galático nesta coleção da Glória Coelho. Capuzes, cores que lembram o lado negro e outras vezes suave da força (minha interpretação) me agradaram horrores. Também não posso deixar de falar das mangas, que lembram até o movimento de asas de insetos. E transparências com babadinhos encantaram e dominaram minha seleção. Adoro. Blazerismos à parte (inventei essa palavra, don't worry), o desfle da Amapô continuou seguindo a linha moderna e jovem que conheço. Acho que deve pegar. Já estou chorando pelos blazers molinhos oitentinhas que dei há anos. Como minha bisavó dizia: quem dá o que tem, a pedir vem...
Roupas usáveis, roupas bonitas e tecnológicas e golas sempre trabalhadas e interessantes. Essa seria a minha primeira impressão do desfile de Jefferson Kulig, mas sem grandes incursões intelectuais latentes. E que graça a coleção da Maria Garcia! Boas moças cheias de más inteções. O dândi e o contemporâneo, o delicado e feminino e o irônico. Mistura que tende a agradar.
Brilhosos, molhados e igualmente masculinos, os homens de Herchcovitch estão bem comerciais, mas em nada podemos dizer que óbvios. O estilista acerta a mão para dar o show e ainda convencer, como se expusesse super-heróis para que os fãs se apoderassem de seus estilos. A Neon encerrou a maior semana de moda fazendo bonito com suas estampas super divertidas e modelos que lembravam um étnico-vintage super glamuroso, vestidos estruturados e glamour puro. Tudo para deixar aquele gostinho de saudade nos fashionistas de plantão. Luzes acesas, fim do espetáculo!
Obs.: Pergunta que não quer calar: as brasileiras estão prontas para abandonar a sedução do corpo e investir na sedução das roupas? E os homens? Quanto tempo até que abandonem o machismo tradicional decadente e invistam em estilo?

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