Tempos difíceis, é preciso força para encarar a realidade. E nada como a dualidade do p&b e as formas oitentistas, com peças elegantes ajustadas ao corpo e detalhes que lembram peças como o smoking. Thierry Mugler não é mais um estilista esquecido e sua silhueta imponente feminina inunda coleções mundo afora como a Iódice, por exemplo. Jovem, colorida, tecnológica e com uma pitada retrô oitentista invadiu a passarela da Carlota Joaquina e elementos gráficos ficaram evidentes em estampas, cores e texturas. Divertida e bem direcionada. A 2ND Floor seguiu a linha jovem cosmopolita, com modelos amplos, amarrados, dobrados e plissados, imprimindo conforto e estilo e misturando tendências para construir diferentes estilos. Mais uma vez acertou na pegada comercial. Fluidos ou estruturados, estampados, alegres e até étnicos parecem se misturar no desfile de Fábia Bercsek. Destaque para os chapéus e flores nos cabelos! A elegante Huis Clos manteve suas mulheres altivas e formas trabalhadas, deixando-se seduzir também pelos maxi blazers e formas oitentistas, sem cair no óbvio. Correntes e luvas davam um suave tempero ao gosto de Coco Chanel e seu sucessor Karl Lagerfeld.
Uiuiui, uma monarquia jovem, rebelde, estudante e militar. Punk deveras. Essa foi a minha interpretação para a Triton, super divertida e antenada, misturando sem piedade elementos kitsch e dando liberdade para a criação dos looks. Ah, já perceberam como os tomara-que-caia estruturados tipo barbie estão em alta, assim como golas fechadas comportadinhas? E para encerrar a noite, a Cavalera entrou com o vermelho e azul duelando com seus bois de Parintins. No entanto, em pleno dia da posse do presidente dos EUA, Barak Obama, foi impossível fugir do assunto político. Ainda mais pela homenagem feita a Obama pelo estilista da marca Marcelo Sommer no final (ele entrou com uma camiseta com a foto do presidente eleito que acabara de ser empossado).
Fotos: Eladio Machado/IGModa
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