sábado, 24 de janeiro de 2009

Viva o conceito







O circo. Mas não qualquer circo. Cores frias e sutileza, peças conceituais com formas amplas muito bem acabadas e uma delicadeza gélida. Alegria? Já viram palhaço alegre? Macacões e blazers, um quê do japonismo oitentista e uma coleção focada nas idéias fizeram bonito pela Maria Bonita. Já Simone Nunes me lembrou um pouco da moda safári, com uma mistura tropical (vide ararinhas) e temperada (Alasca?), sempre em peças meia-estação e cores terrosas agradáveis. E voltando ao clima japonista, a coleção da UMA, super urbana e com um conforto focado na mistura e no desapeo pelo igual e simples, acabou agradando bastante. E a Reserva, com sua coleção cheia de conotação política em tempos de guerra? Judaísmo e africanismo deram a tônica para peças com ar militar moderno, jovem e até esfarrapado muitas vezes. Achei muito sexy e lembrei de alguns trabalhos daqui de Porto Alegre do Morro da Cruz. Mas posso dizer que me rendi ao luxo e pompa do império russo de Samuel Cirnansck. Querido das noivas (os vestidos dele são f-a-b-u-l-o-s-o-s!), fez bonito em trajes suntuosos e com ares rock n' roll. AMEI. E para encerrar dentro desta suntuosidade, André Lima também trouxe seus trajes de festa encantadors, com ares orientais e cabeças deslumbrantes. Destaque para os metros e metros de tecido em tempos de recessão, isso lembra um gênio do passado, não? 
Fotos: Eladio Machado/IGModa

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