Clap, clap, clap

Absolutamente perfeita. Essa é a definição para a beleza de Ana Paula Arósio. E nada melhor para lançar um produto de qualidade que testá-lo nela. Porque realçar alguém tão bela não é difícil, mas transformar essa pessoa e mantê-la no mesmo patamar ou até superior faz com que o mesmo receba a aprovação instantânea por parte do público. E ter o expert Marco Antônio de Biaggi assinando embaixo já é mais que um certificado de qualidade. Parabéns para a Avon com sua nova linha de coloração da linha Advance Techniques. Adorei o resultado e devo experimentar assim que estiver disponível, creio que ainda este semestre (não, meus fios realmente não são castanho-escuros ao natural).
Foto: Divulgação Avon

Antes do acender das luzes

Não sou nem nunca fui fã de Guerra nas Estrelas (que os seguidores nunca leiam isso!!!), mas de forma singela creio ter vislumbrado algo nitidamente galático nesta coleção da Glória Coelho. Capuzes, cores que lembram o lado negro e outras vezes suave da força (minha interpretação) me agradaram horrores. Também não posso deixar de falar das mangas, que lembram até o movimento de asas de insetos. E transparências com babadinhos encantaram e dominaram minha seleção. Adoro. Blazerismos à parte (inventei essa palavra, don't worry), o desfle da Amapô continuou seguindo a linha moderna e jovem que conheço. Acho que deve pegar. Já estou chorando pelos blazers molinhos oitentinhas que dei há anos. Como minha bisavó dizia: quem dá o que tem, a pedir vem...

Roupas usáveis, roupas bonitas e tecnológicas e golas sempre trabalhadas e interessantes. Essa seria a minha primeira impressão do desfile de Jefferson Kulig, mas sem grandes incursões intelectuais latentes. E que graça a coleção da Maria Garcia! Boas moças cheias de más inteções. O dândi e o contemporâneo, o delicado e feminino e o irônico. Mistura que tende a agradar.

Brilhosos, molhados e igualmente masculinos, os homens de Herchcovitch estão bem comerciais, mas em nada podemos dizer que óbvios. O estilista acerta a mão para dar o show e ainda convencer, como se expusesse super-heróis para que os fãs se apoderassem de seus estilos. A Neon encerrou a maior semana de moda fazendo bonito com suas estampas super divertidas e modelos que lembravam um étnico-vintage super glamuroso, vestidos estruturados e glamour puro. Tudo para deixar aquele gostinho de saudade nos fashionistas de plantão. Luzes acesas, fim do espetáculo!

Obs.: Pergunta que não quer calar: as brasileiras estão prontas para abandonar a sedução do corpo e investir na sedução das roupas? E os homens? Quanto tempo até que abandonem o machismo tradicional decadente e invistam em estilo?

Viva o conceito

O circo. Mas não qualquer circo. Cores frias e sutileza, peças conceituais com formas amplas muito bem acabadas e uma delicadeza gélida. Alegria? Já viram palhaço alegre? Macacões e blazers, um quê do japonismo oitentista e uma coleção focada nas idéias fizeram bonito pela Maria Bonita. Já Simone Nunes me lembrou um pouco da moda safári, com uma mistura tropical (vide ararinhas) e temperada (Alasca?), sempre em peças meia-estação e cores terrosas agradáveis. E voltando ao clima japonista, a coleção da UMA, super urbana e com um conforto focado na mistura e no desapeo pelo igual e simples, acabou agradando bastante. E a Reserva, com sua coleção cheia de conotação política em tempos de guerra? Judaísmo e africanismo deram a tônica para peças com ar militar moderno, jovem e até esfarrapado muitas vezes. Achei muito sexy e lembrei de alguns trabalhos daqui de Porto Alegre do Morro da Cruz. Mas posso dizer que me rendi ao luxo e pompa do império russo de Samuel Cirnansck. Querido das noivas (os vestidos dele são f-a-b-u-l-o-s-o-s!), fez bonito em trajes suntuosos e com ares rock n' roll. AMEI. E para encerrar dentro desta suntuosidade, André Lima também trouxe seus trajes de festa encantadors, com ares orientais e cabeças deslumbrantes. Destaque para os metros e metros de tecido em tempos de recessão, isso lembra um gênio do passado, não? 

Fotos: Eladio Machado/IGModa

Energia para o verão

Além de embalagens lindas e perfume agradabilíssimo, uma delícia de produtinhos para cuidar da pele e dar um up no visual!

Pretinho básico

E por falar em preto, até o batom Zip da Natura rendeu-se à cor do inverno e lançou sua embalagem para a estação em edição limitada. 

Formas pra que te quero

Art déco, claro. Reinaldo Lourenço apostou nas formas geométricas e cores escuras do começo do século passado para mostrar um inverno mais pesado porém encantador. Assim como seus treçês delicados do verão, texturas e camadas para criar a atmosfera. Brilho, transparências e misturas que lembram NY e o famoso edifício Chrysler sem contudo transformar as roupas em fantasias. Golas redondas, doudounes e ankles de franjas também fizeram bonito. Ainda utilizando-se do Japão como fonte de inspiração, Érika Ikezili construiu um inverno quentinho e mais suave, com cores delicadas contrastando com as mais fortes e xadrezes, recortes, amarrações e golas estruturadas. Muito bonito. O Estúdio lembrou-me do filme Ensaio Sobre a Cegueira, acho que porque o vi há pouco. Divetido porém confuso, um tanto jovem deveras e com botões e construções que parecem mais táteis que visuais, com texturas que se sobressaem. Mas o trabalho pesado ficou por conta da Ellus, com a presença da descoladérrima Agyness Deyn. O jeanswear voltou às origens com peças que lembram os mineiradores. Cinzentos, largos, com barras dobradas e amplitude, fugindo do estilo delicado e mostrando que para atravessar essa temporada será preciso estilo e trabalho pesado. Será uma dica para os governantes mundiais?

Para contrastar, mulheres elegantes, em tons pálidos mas extremamente femininos foram mostradas por Wilson Ranieri. Roupas delicadas, suaves, plissadas, dobradas e super bem acabadas, além de chapéus que criaram uma atmosfera elegante e quem sabe até com um perfume vintage. O guarda-roupas masculino da VROM chamou a atenção pela ousadia em misturar estampas e peças clássicas de forma um tanto quanto ousada, assim como couros e brilhos. Modelagens diferenciadas e curtas também estiveram presentes e mostram que esta salada de informações servem como ponto de partida para a liberdade masculina na democratização do estilo. Bem sacado! E no grand finale, a bela Raquel Zimmermann pela Animale em uma coleção sexy cheia de franzidos, amassados, dobrados, fluidos e delicados. Corseletes e transparências pontuam e estampas selavagens arrematam. Bonito e elegante.

Fotos: Eladio Machado/IGModa e Charles Naseh/CHIC

Tempos difíceis

Tempos difíceis, é preciso força para encarar a realidade. E nada como a dualidade do p&b e as formas oitentistas, com peças elegantes ajustadas ao corpo e detalhes que lembram peças como o smoking. Thierry Mugler não é mais um estilista esquecido e sua silhueta imponente feminina inunda coleções mundo afora como a Iódice, por exemplo. Jovem, colorida, tecnológica e com uma pitada retrô oitentista invadiu a passarela da Carlota Joaquina e elementos gráficos ficaram evidentes em estampas, cores e texturas. Divertida e bem direcionada. A 2ND Floor seguiu a linha jovem cosmopolita, com modelos amplos, amarrados, dobrados e plissados, imprimindo conforto e estilo e misturando tendências para construir diferentes estilos. Mais uma vez acertou na pegada comercial. Fluidos ou estruturados, estampados, alegres e até étnicos parecem se misturar no desfile de Fábia Bercsek. Destaque para os chapéus e flores nos cabelos! A elegante Huis Clos manteve suas mulheres altivas e formas trabalhadas, deixando-se seduzir também pelos maxi blazers e formas oitentistas, sem cair no óbvio. Correntes e luvas davam um suave tempero ao gosto de Coco Chanel e seu sucessor Karl Lagerfeld. 

Uiuiui, uma monarquia jovem, rebelde, estudante e militar. Punk deveras. Essa foi a minha interpretação para a Triton, super divertida e antenada, misturando sem piedade elementos kitsch e dando liberdade para a criação dos looks. Ah, já perceberam como os tomara-que-caia estruturados tipo barbie estão em alta, assim como golas fechadas comportadinhas? E para encerrar a noite, a Cavalera entrou com o vermelho e azul duelando com seus bois de Parintins. No entanto, em pleno dia da posse do presidente dos EUA, Barak Obama, foi impossível fugir do assunto político. Ainda mais pela homenagem feita a Obama pelo estilista da marca Marcelo Sommer no final (ele entrou com uma camiseta com a foto do presidente eleito que acabara de ser empossado). 

Fotos: Eladio Machado/IGModa

Uma graça

A propósito: Muito fofa a nova coleção da Panty Doll para este inverno, com um ar ingênuo retrô. ;-)

Foto: Fabian Gloeden

Da cor da noite

Forte, com uma pegada mais fria e pesada, porém sem perder a ternura que lhe convém. Assim me pareceu o desfile de Isabela Capeto. Adoro suas peças e desta vez não foi diferente. As cores, as formas e tecidos alegraram sem exageros o frio e trouxeram um rigor para a estação. Ronaldo Fraga, sempre tão esperado por seus desfiles-protesto de muito bom gosto, trouxe pessoas de mais e menos idade para mostrar sua coleção inspirada no espetáculo Giz, do grupo teatral de bonecos mineiro Giramundo e mostrou que essas pessoas, normalmente pouco ou nada focadas no mundo fashion, tem sim muito a dizer sobre estilo. Alexandre Herchcovitch feminino apareceu com peças elegantes, belas e comerciais, mostrando um inverno com sotaque europeu e sofisticação vinda de tempos passados. Adoraria ter grande parte das peças em meu guarda-roupas! E como o preto, o branco e o brilho dominam, a Forum Tufi Duek se utilizou destes para montar looks super sensuais, rockers e bem estruturados. Sem falar nas franjas, bem acentuadas para dar movimento e destaque. Marcelo Sommer trouxe cores e formas diferenciadas para a passarela da Do estilista, com inspiração em sua viagem pela Holanda. No entanto, mesmo que leigamente, não pude deixar de associar algumas modelagens às tradições daqui, como a calça que lembra uma bombacha, camisas com delicados jabôs e um poncho. Claro, lembram, mas sempre com traços diferenciados e detalhes da cultura que serviu de pano de fundo com estampas, cores e elementos. Outra lembrança: as cordinhas das cortinas de minha bisavó usadas como colares (:P). E o que falar de Lino Villaventura, que rendeu-se ao Noir para compor uma coleção linda, limpa e com identidade, assim como suas nervuras e transparências. Soturno e enigmático, porém extremamente conquistador!

Fotos: Eládio Machado/IG Moda

Natura no SPFW

Eu tinha citado a parceria do maquiador Marcos Costa com a Osklen pela Natura, né? Pois então aí vão os produtinhos que a marca lançou para este inverno em primeira mão durante o evento e que fazem parte também dos looks das marcas Ronaldo Fraga, Lino Villaventura e Simone Nunes:

Quarteto de sombras nos conjuntos Electra (rosa, lilás, coral e uva) e Pallas  (verde escuro, marrom, areia e terra - cores que particularmente amo!), batons com ceramidas de maracujá nas cores rosa (Zaire), marrom (Madeira) e uva cintilante (Douro) e pallete de sombras grafite e prata e blush  rosa matte (Damia).

E começa o espetáculo

SPFW. Maior semana nacional de moda e também a mais desejada por fashionistas e aspirantes. E eu, aqui, encho-me de satisfação por contar com um sinalzinho vindo sei lá de onde para poder acessar o que já foi desfilado. Amei a coleção da FH! Fause realmente é um grande criador de sedução e luxo em âmbito nacional. Extremamente comercial e nem por isso menos esplendoroso. E a Osklen, do gaúcho badaladérrimo Oskar? Suas peças já encantam antes mesmo de terminar de cruzar a passarela. É o lifestyle que todos querem. Ainda mais em parceria com meu querido Marcos Costa pela Natura, concebendo os tão invejados e elogiados looks dos modelos. Certamente, se minhas peças de moleton falasse, diriam que queriam ser da marca quando crescessem. Mário Queiroz consegue deixar as roupas masculinas modernas e elegantes utilizando-se de elementos clássicos. A Cori, marca hypada para mulheres clássicas e bem nascidas faz do elegante algo sempre atual, fugindo do óbvio e ousando nos detalhes. Priscilla Dalrot também seguiu por esta linha, mostrando muito glamour em tecidos e texturas, cores e detalhes. E que graça o casquete! Para encerrar, a Colcci trouxe novamente a queridíssima Gisele e peças jovens com o predmínio do preto e de um ar mais rock and roll.

Fotos do desfile: Eládio Machado/IG Moda

*** Ah, não ganhei mas gostei muito e resolvi citar o brinde que a Corello distribuiu para convidados do lounge Chic. Uma necessaire de couro nas cores do inverno/09 linda. Um belo mimo!!!

Foto: João Sal

Chove chuva

Longe da rede, de Porto e das capitais de moda, mergulhada num mar de chuva com momentos de sol fugazes, resolvi hoje dar as caras aqui para postar algo. Como ando com menos tempo para me dedicar a ver e analisar os desfiles, acho melhor deixar as grandes análises para quem pode vivenciar de perto e me permito dar palpites pessoais do que vi publicado na mídia. No Fashion Rio, a minha impressão ficou com os militares, geométricos em estampas e formas, abaloados em mangas, saias, detalhes, cores frias, étnicos, gráficos. Cinturas altas e ainda marcadas, poucos acessórios (porém imponentes), cabeças em destaque e elegância madura. O romantismo também aparece presente em fluidez, babados, lenços, transparências e flores, assim como a sensualidade é mais velada.

Pontos que marcaram: os plissados da Aquastudio, o inverno glacial da Espaço Fashion, blazers mais compridos com ar oitentista, tricô maxi, golas gigantes, enroladas e trabalhadas, pantalonas e para eles brilho, silhueta ajustada e calças mais curtas que o convencional.

Fotos: Eládio Machado/IG Moda

Tempos difíceis

Pois é, o mundo rendeu-se à crise que vem assolando economias e guerras que parecem não ter fim. O militarismo, a sobriedade e a proteção (conforto?) ante o carnaval de acessórios mimosos do passado parece marcar presença forte nas ruas e no Fashion Rio. Que o diga a Redley, com roupas que lembram o exército em texturas, cores e caimentos. Étnico, urbano, passado e presente, delicado, rústico e forte se fundem no desfile da Giulia Borges e Homem de Barro, mas com pitadas de cores e flores (em busca da paz?). Mara Mac sai das profundezas e emerge com mulheres veladas, formas soltas, elegância e cores sóbrias típicas da melancolia da estação e lembrando o oriente como um todo.

Rendas, drapeados e texturas inspiradas no chapeleiro maluco marcaram o desfile da Melk-Zda, que desta vez foi bastante comercial. E voltando ao clima guerra e paz, flores para alegrar a vida! Essa talvez possa ser uma das interpretações para o desfile da Alessa (minha ao menos), com o rude em peças envernizadas, escuras e caimentos pesados contrastando com a delicadeza floral (estampas fotográficas), tons vibrantes ou suaves. Encerrando a noite, a TNG, como já havia comentado neste blog, trouxe seu inverno mais frio e geométrico, apostando em tons violáceos, azuis e cinzas principalmente. 

Foto: Eladio Machado

Ebaaaaaaaa!

Acabei de receber um mail falando sobre o corta-corta Iguatemi, que vai de 14 a 17/01.  Quer um incentivo? Dá uma olhada nas promoções que o próprio shopping está divulgando: Na Alexandre Herchcovitch, a cada compra se recebe um bônus de mesmo valorpra. Na The Jeans, calças de R$ 1299 por R$ 499. E na MMartan, kit Coordenado 100% algodão egípcio 250 fios de R$ 1038 por R$ 594. AIAIAI!!! Corre que 95% do shopping aderiu com descontos imperdíveis!

Foto: Alexandre Schneider/UOL

Meu número

Em meio a vestidos deslumbrantes e jóias de encher os olhos, selecionei dois looks que hoje me chamaram a atenção. Na verdade queria colocar a maior parte deles, mas como escrever é cortar, aí vai apenas uma amostra: