sábado, 29 de novembro de 2008

Derretendo a insanidade


Só quem conhece Porto Alegre sabe o que é o calor senegalês daqui. Aliás, esse é um dos apelidos típicos que os locais usam para se referir ao stress provocado pelo sufocamento desta época. Não, não acho que aqui seja mais quente que a amazônia, menos ainda que pantanal, Rio ou outros lugares. Mas nem por isso me sinto mais confortável com a situação. Nós temos um maior amplitude térmica que enlouquece qualquer organismo e ainda derretemos exaustivamente de dezembro a abril. Entrei neste assunto pois hoje foi um daqueles dias que achei que não conseguiria sair de casa, mas saí. Escolher roupa? Um sofrimento. Tinha que ser a que menos encostasse na pele, apertasse ou aquecesse. Cabelos presos, muito protetor solar, cara brilhosa que só o verão úmido é capaz de manter. De maquiagem apenas meu amigo inseparável: o rímel. Uma verdadeira mulambenta para ser mais exata. Nada de glamour ou daquele visual passarela carioca, nada comporta. Mas enfim, fui bem tranquila à palestra da Garmendia. Não deu outra, todo mundo estava neste mesmo astral, aproveitando para curtir o ar condicionado. Sem falar nas baixas, porque não tinha muita gente nem no evento, nem nas ruas. Mas fazer o quê? Fomos lá encontrar as/os semelhantes para discutir um pouco sobre moda, ter alguma ilusão lúdica e fazer com que o sábado fosse melhor aproveitado, pois como não é todo mundo que tem um bom ar-condicionado em casa e os shoppings certamente deviam estar abarrotados, excluindo a opção da lista dos mais sãos, acabou este sendo um programa bem escolhido. Enfim, palestra finda, voltei pra casa, tomei novamente um banho frio, atirei-me num sofá em frente à tv com o ventilador ligado, tomando um suquinho, e fiquei imaginando que um dos exercícios fashions de verão certamente é buscar o luxo da atualidade: conforto. E quer coisa mais atraente, sedutora e desejada por todos que uma brisa e água fresca (ou fruta geladinha) num dia como este? 

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