Por anos acostumei-me com a ideia de que determinadas cores não serviam propriamente para as unhas. Primeiro, quando criança, costumava ver tons de cintilante em perolados e rosados clarinhos ou vermelhos vivos, além dos vermelhos intensos com rebu e as misturinhas (renda). Na adolescência, sonhava em ter unhas pretas e o tom café não conseguia esse efeito. Por isso tingia com caneta bic os esmaltes escuros para conseguir tal façanha, até que em pouco tempo lançaram tal coloração. Mas verdes, laranjas, amarelos e azuis ainda causavam estranhamento, a não ser quando tinha algum motivo a ser abordado na produção, como um estilo mais jovem e despojado. De uns tempos pra cá esses tabus tem caído por terra e cores como azul marinho, cinzas, dourados, prateados, laranjas, e milhares de outros tons passaram a figurar em mãos não apenas de adolescentes, mas também de mulheres maduras e modernas. Ano passado fiquei deslumbrada com o Chanel Blue Satin e este ano, durante os desfiles de outono/inverno as cores escuras e elegantes voltaram a vestir as unhas das modelos e causar furor entre as fashionistas. Pois eis que recebo a linha da Risquè assinada por Reinaldo Lourenço para a estação e fico emocionada com as cores New York e Show (esta segunda estou usando atualmente). As outras são lindas, mas estas duas chegaram para abalar, testar o gosto e a coragem das consumidoras no quesito inovação. Até tirei uma fotinho do kit, já sem a cor Jazz que presenteei a uma cunhada. E para provar que mãos modernas são super chiques, uma imagem tirada do site de Reinaldo Lourenço da campanha de Inverno clicada por Bob Wolfenson. (ou seja, a foto ruim de celular é minha e a outra maravilhosa é do Bob!)
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