terça-feira, 16 de junho de 2009

Ditando moda/Fashion Rio











Atrasadinha como sou, mas aqui para dar meu aval sobre o que percebi da semana de moda carioca, creio que o primeiro elemento que me chamou a atenção foi uma aura de renascimento e romantismo sendo resgatados. Sim, porque com crise e pandemia rondando a humanidade há algum tempinho fica difícil torcer o nariz ou fingir que a moda não faz parte do contexto. Mas onde existem dificuldades, existe também esperança. As cores aos poucos deixam de ser sisudas e passam a trazer sensações sinestésicas agradáveis, sem contudo voltar simplesmente ao carnavalesco inicial. São experimentações cromáticas que lembram sabores, sensações térmicas, toques da fauna e flora e até mesmo o conforto das raízes étnicas. Branco e areia sobrevivem límpidos ou se misturam às pinceladas. Décadas e coleções passadas continuam sendo revisitadas em modelagens, como se buscássemos no passado motivos para pensarmos o futuro. Nada muito novo, saias tulipa e godê, mínis, cinturas no lugar, blazers ajustados, formas fluidas, amplas, ovais e transparentes, o tão utilizado cinto, dobraduras e texturas, laços, macacões e maxibijus. Tudo ali, quase do mesmo jeito. Só que com uma dose a mais de vida pulsando...
Fotos: Alexandre Schneider/Uol

Nenhum comentário: